quarta-feira, 16 de maio de 2012

Pais do Abandono

Suicídio e Depressão


Recentemente em visita a uma cidade do interior de Goiás encontramos uma família com grandes dificuldades.
Mãe e filha embora com grande riqueza passam por agruras. A filha de 15 anos está depressiva, não sorri e nunca abraçou ninguém em sua vida. Há duas tentativas de suicídio em sua vida, impedidas no último instante. Ocorreram em momentos de extrema angústia.

A mãe não sabe mais o que fazer e amarga dois divórcios e se ressente por não saber o que fazer para ajudar sua filha. Além disso, tem também suas feridas na alma que não consegue curar.  Cansadas e desesperadas não esperam por mais nada... de ninguém.

Em meio a uma palestra sobre relacionamentos familiares escolhi duas pessoas para oração em reservado. Um homem e essa moça. Sobre o homem conto em outra oportunidade.

A menina a quem passo a chamar de Patrícia, nome fictício, em meio a nossa conversa e oração desmaiou em duas ocasiões e pareceu sentir muita dor no processo de cura. Após duas horas de conversa e oração, Patrícia emergiu como se fosse outra pessoa. Imediatamente abraçou minha esposa e a outra pessoa que nos acompanhava.

Passado algum tempo voltamos a Goiás na mesma comunidade e encontramos com Patrícia. Ela transparecia vida e luz. Sorria, sorria com dentes a mostra. Felicidade pura. Pelas palavras das pessoas que agora convivem com ela "é uma nova pessoa".

A perspectiva de vida de Patrícia era de uma pessoa abandonada por dois pais. O primeiro a abandonou quando tinha 4 anos e o padrasto fez o mesmo quando tinha 12 anos. Foi plantada no coração dela a semente do abandono. Ela cultivou o sentimento e fez crescer uma árvore gigante e frondosa. A árvore gerou frutos de amargura, tristeza, depressão e a fazia sentir que não pertencia a nada. Criou barreiras e não se sentia amada e também não sabia amar.

Tive contato com pais que separaram das esposa e deixaram suas casas. Eles não aceitam que esse fato tenha consequências na vida de seus filhos. É difícil evidenciar isso. Mas as maiores vítimas dos divórcios são os filhos. São vítimas silenciosas das batalhas dos pais. E quando a guerra termina os pais as consideram como um dano colateral ou mesmo vítimas de fogo amigo. Com isso, tenho visto as drogas, bebidas, sexo e gravidez precoce invadir a vida das crianças. Homens e mulheres com dificuldades em crescer e assumir responsabilidades.

Ouvi de um pai que abandonou sua família recentemente. "Quero ser feliz e construir uma nova família". Pois é, nem que seja sobre os escombros de uma mulher e filhos abandonados, doentes e sós.







sábado, 12 de maio de 2012

Infância Livre de Consumismo

Consumo por Crianças e Adolescentes

Recentemente entrei em contato com o assunto "infância e consumismo" e o assunto me chamou atenção pois tem sombreamentos com assuntos que abordo em sala de aula.

Os pais reclamam de comportamentos agressivos, principalmente, mas também por desinteresse por sair de casa para atividades a céu aberto.

Essa dificuldade começa ser semeada quando os pais, para manter os filhos quietos, apresentam a televisão, dvds, computador e videogames para os filhos.

Em pesquisa com veteranos de guerra do Vietnam, cenas de guerra foram mostradas e a química de seus cérebros modificou-se produzindo endorfina mesmo depois de passados vinte anos da guerra. Também foram feitos experimentos com pessoas comuns assistindo filmes violentos, romance, ação e de sexo. A química do cérebro e do corpo se alterou da mesma maneira que se comportaria em eventos reais da vida cotidiana.

Crianças expostas a ambientes e filmes que incitam o consumo passam a ter necessidades que antes não tinham. Sua vida não está direcionada para o "ser" e sim para o "ter" e passam a rejeitar questões morais que direcionam o "ser".

As dificuldades dos pais em preencher o almoxarifado moral de seus filhos por questões de tempo já é um empecilho. Estes mesmos pais encontram filhos poucos dispostos a ouvi-los sobre assuntos que não tenham conteúdo divertido. colorido e em constante mudança exatamente como nos clips da MTV. Os pais são monocromáticos, monossilábicos e insossos para os filhos que buscam em seus amigos um novo ambiente social para conviver.

Consequências? Sim. Perda de autoridade, de relacionamento, de sentimento de família, gravidez precoce, repetência ou abandono escolar, drogas e fuga de casa.

O consumismo no que diz respeito as crianças é uma forma de abuso e deve ser questionada e confrontada.

Indico para leitura os sites kidsindoors.blogspot.com.br e www.facebook.com/InfanciaLivredeConsumismo.