Conceito
A síndrome da Alienação parental é
uma forma de abuso, em que um dos genitores (alienador), influencia
negativamente os filhos, utilizando-os como instrumento de dor, denegrindo a
imagem e incentivando a desobediência, ativa e passiva, com intuito de impor
obstáculos para o relacionamento do outro genitor (alienado), com os filhos.
Segundo o psiquiatra Richard Gardner em
seu livro Recent Trends in Divorce and Custody litigation, o genitor alienador
apresenta o seguinte comportamento, dentre outros:
- Recusar-se a passar as chamadas
telefônicas aos filhos;
- Desvalorizar e insultar o outro
genitor na presença dos filhos;
- Tomar decisões importantes a
respeito dos filhos sem consultar o outro genitor (escolha de escola, religião,
etc.);
- Culpar o outro genitor pelo mau
comportamento dos filhos;
- Organizar várias atividades com os
filhos durante o período que o outro genitor deve normalmente exercer o direito
de visitas, entre outros.
Contexto
Após 15 anos de casamento Claudia e
Euclides, separaram-se. Em meio a discussões intermináveis e muito rancor,
dividiram os bens e como seria o relacionamento com o filho de 15 anos, Lúcio.
Tudo ia bem até que Euclides começou
a namorar. A atitude do filho durante o período de visita ficou visivelmente
agressiva. O rapaz se recolheu, passou a inventar desculpas para não ir para a
casa do pai e não atendia telefone. A comunicação entre pai e filho diminuía dia
a dia.
O conflito
Lúcio como apresentar episódios de
raiva, demonstrando sentimentos de ódio contra o pai. A comunicação entre os
dois diminui e encontra facilidades com a resignação do pai em relação ao assunto.
Ao se referir ao pai, Lúcio, fala
exageradamente dos defeitos e ações. Demonstra ter uma visão distorcida do
caráter do pai.
Rejeita a madrasta. Desrespeita e
evita o contato. Desobedece e empreende ações que indicam o seu desprezo pelo
relacionamento em vigor.
Conseqüências
Euclides se afasta ao ponto de não se
comunicar com o filho por meses.
Esse afastamento tem repercussões na
vida e Lúcio. Apresenta depressão, ansiedade. Passa beber e usar drogas.
As notas e o comportamento com
professores e colegas não é o mesmo. A estima está baixa e tem dificuldades em
estabelecer relacionamentos.
Não sabe quem é, pois a imagem da figura
em que deveria se espelhar como homem foi duramente atacada e eventualmente
destruída no processo. O gênero não faz mais sentido. Ser homem e se assemelhar
a figura paterna é doloroso, há remorso e culpa nesse relacionamento.
Solução
Nesse ponto, a reversão é difícil.
Começa com o entendimento dos pais que a cura do filho começa neles. O
relacionamento entre os ex-cônjuges deve ser revisto.
Procure ajuda para si mesmo. Amigos, líderes espirituais, psicólogos especializados em família podem ajudar nessa situação de estresse.
Busque um mediador. Estabeleça com a contraparte alguém com experiência em educação de filhos que auxilie no processo de condução de seus filhos durante a separação.
Procure ajuda para si mesmo. Amigos, líderes espirituais, psicólogos especializados em família podem ajudar nessa situação de estresse.
Busque um mediador. Estabeleça com a contraparte alguém com experiência em educação de filhos que auxilie no processo de condução de seus filhos durante a separação.
Após o acerto entre eles, o perdão e
a admissão dos erros de desonra e omissão devem ser feito na presença do filho.
O conserto tem que ser presenciado e ter a participação de todos.
A partir daí, o pai, deve estabelecer
um relacionamento emocional e espiritual com o filho. Presença e tempo de
qualidade. Todas as outras prioridades da família devem se voltar para resolver
isso.