quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Família Mosaico – Síndrome da Alienação Parental


Conceito

A síndrome da Alienação parental é uma forma de abuso, em que um dos genitores (alienador), influencia negativamente os filhos, utilizando-os como instrumento de dor, denegrindo a imagem e incentivando a desobediência, ativa e passiva, com intuito de impor obstáculos para o relacionamento do outro genitor (alienado), com os filhos.

Segundo o psiquiatra Richard Gardner em seu livro Recent Trends in Divorce and Custody litigation, o genitor alienador apresenta o seguinte comportamento, dentre outros:

- Recusar-se a passar as chamadas telefônicas aos filhos;
- Desvalorizar e insultar o outro genitor na presença dos filhos;
- Tomar decisões importantes a respeito dos filhos sem consultar o outro genitor (escolha de escola, religião, etc.);
- Culpar o outro genitor pelo mau comportamento dos filhos;
- Organizar várias atividades com os filhos durante o período que o outro genitor deve normalmente exercer o direito de visitas, entre outros.

Contexto

Após 15 anos de casamento Claudia e Euclides, separaram-se. Em meio a discussões intermináveis e muito rancor, dividiram os bens e como seria o relacionamento com o filho de 15 anos, Lúcio.

Tudo ia bem até que Euclides começou a namorar. A atitude do filho durante o período de visita ficou visivelmente agressiva. O rapaz se recolheu, passou a inventar desculpas para não ir para a casa do pai e não atendia telefone. A comunicação entre pai e filho diminuía dia a dia.

O conflito

Lúcio como apresentar episódios de raiva, demonstrando sentimentos de ódio contra o pai. A comunicação entre os dois diminui e encontra facilidades com a resignação do pai em relação ao assunto.

Ao se referir ao pai, Lúcio, fala exageradamente dos defeitos e ações. Demonstra ter uma visão distorcida do caráter do pai.

Rejeita a madrasta. Desrespeita e evita o contato. Desobedece e empreende ações que indicam o seu desprezo pelo relacionamento em vigor.

Conseqüências

Euclides se afasta ao ponto de não se comunicar com o filho por meses.

Esse afastamento tem repercussões na vida e Lúcio. Apresenta depressão, ansiedade. Passa beber e usar drogas.

As notas e o comportamento com professores e colegas não é o mesmo. A estima está baixa e tem dificuldades em estabelecer relacionamentos.

Não sabe quem é, pois a imagem da figura em que deveria se espelhar como homem foi duramente atacada e eventualmente destruída no processo. O gênero não faz mais sentido. Ser homem e se assemelhar a figura paterna é doloroso, há remorso e culpa nesse relacionamento.

Solução

Nesse ponto, a reversão é difícil. Começa com o entendimento dos pais que a cura do filho começa neles. O relacionamento entre os ex-cônjuges deve ser revisto.

Procure ajuda para si mesmo. Amigos, líderes espirituais, psicólogos especializados em família podem ajudar nessa situação de estresse.

Busque um mediador. Estabeleça com a contraparte alguém com experiência em educação de filhos que auxilie no processo de condução de seus filhos durante a separação.

Após o acerto entre eles, o perdão e a admissão dos erros de desonra e omissão devem ser feito na presença do filho. O conserto tem que ser presenciado e ter a participação de todos.

A partir daí, o pai, deve estabelecer um relacionamento emocional e espiritual com o filho. Presença e tempo de qualidade. Todas as outras prioridades da família devem se voltar para resolver isso. 

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