segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Pai Presente

A observação das famílias que travamos experiências nos cursos que ministramos nos dá uma visão privilegiada a respeito de causas e conseqüências dos maiores problemas que afetam os lares. Essa visão por vezes carece de evidências técnico - cientificas.

Estudando esses assuntos coletei alguns estudos e trabalhos acadêmicos que confirmam minhas observações e conclusões sobre a ausência do pai em um lar.

Presença pode ser medida pelo montante de interação, vários níveis de brincadeiras e cuidados com ensino pessoal, atividades físicas, emocionais e espirituais. Comparados com a comunicação exercida pelas mães, a troca de informações realizada pelos pais, requer que a criança assuma mais responsabilidades na interação. Isso encoraja as crianças a falar mais, a usar um vocabulário mais diversificado e declarações mais longas com seus pais (Rowe, Cocker, & Pan, 2004).

Filhos que tem seus pais envolvidos, nas atividades escolares, têm melhores médias, lêem melhor e são bem conceituados entre seus professores, gostam de ir e se manter na escola e não possuem problemas com suspensão, expulsão ou repetência (Astone & McLanahan, 1991; Brown & Rife, 1991; Mosley & Thompson, 1995; National Center for Education Statistics, 1997; Nord & West, 2001; William, 1997). Além disso, buscam escolas mais conceituadas e difíceis de entrar, bem como entendem que a educação tem um caráter importante em suas vidas (Astone &McLanahan, 1991; Blanchard & Biller, 1971; Cooksey & Fondell, 1996; Feldman & Wentzel, 1990; Gadsen & Ray, 2003; Goldstein, 1982; Gottfried, Gottfried, & Bathurst, 1988; Howard, Lefever, Borkowski, & Whitman, 2006; McBride et al., 2005; McBride, Schoppe-Sullivan, & 2005; National Center for Education Statistics, 1997; Shinn, 1978; Snarey 1993; Wentzel & Feldman, 1993).

Crianças de pais envolvidos têm predisposição a ter relacionamentos positivos com seus pares, serem populares e queridos. Suas relações com outras crianças são menos negativas, com menos agressão, menos conflito, maior reciprocidade, mais generosidade e maiores qualidades de amizade. Resolvem a maioria de seus problemas com outras crianças sem buscar a intervenção de seus pais.

Na sua adolescência e juventude, são sociáveis entre si e com adultos, têm redes sociais mais consistentes e duradouras, casamentos felizes, são satisfeitos com seus pares românticos na meia idade. Apresentam mais segurança em suas interações românticas, bem como parcerias saudáveis com seus cônjuges (Grossmann, Grossmann, Winter, & Zimmerman, 2002).

Pais afetuosos e presentes influenciam significantemente a maturidade moral de seus filhos, no que diz respeito a questões sociais, comportamento moral, julgamento moral pessoal, valores morais e conformidade com leis e regulamentos (Hoffman 1971; Speicher-Dublin, 1982).

Adolescentes que se identificam fortemente com seus pais têm 80% menos chances de serem presos, 75% de serem pais não casados e atividade sexual e gravidez precoce.

Pais presentes formam homens fiéis a suas esposas e um ciclo virtuoso de novos pais presentes!

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