quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Pai Ausente



Pais ausentes dificultam o desenvolvimento normal de uma criança.

Essa afirmação é pautada em estudos freqüentes realizados em diversos centros de pesquisa e universidades, em todos os níveis sociais, econômicos e religiosos. Foram feitas pesquisas em todos os continentes e consideradas as condições culturais de cada povo.

É como se a atuação do pai fornecesse partes de um lego que monta a personalidade e o caráter de um individuo. A sua ausência seja de tempo ou de falta de relacionamento parece dificultar a montagem desse lego. As conseqüências para o novo ser são terríveis e criam barreiras intransponíveis se não houver auxilio.

Filhos de pais ausentes têm maior envolvimento com delinquência juvenil, associado a abuso de drogas, vadiagem, roubo e bebida. Esses aspectos são maximizados se o pai é ausente na vida escolar do filho, a partir da sexta e sétimas séries.

A distância do entre o pai e o filho aumenta a possibilidade de uso de maconha e a percepção do filho em ser apanhado em delitos maiores. Ou seja, ter um pai por perto que tenha influencia positiva impede o engajamento do jovem em múltiplos delitos que seriam seus primeiros problemas com a sociedade.

O pai ausente – medido pela freqüência de contato e qualidade do relacionamento – é relacionado com filhos com maior disposição a sintomas de dissimulação, comportamento anti-social, depressão, tristeza, e mentira (Flouri & Buchanan, 2002a; King & Sobolewski, 2006; Mosley & Thompson, 1995).

Pais ausentes geram mais filhos com problemas de conduta, bullying, hiperatividade, vitimização, dificuldade de se socializar na vida escolar e problemas associados a notas. Esses filhos têm 80% mais chance de ir para a prisão. Além disso, duas vezes mais chance de atividade sexual precoce e sete vezes mais chance de gravidez precoce.

A vida escolar dessas crianças é pautada por problemas de atenção, desobediência, repetência e tem menor chance de chegar a estudos superiores. Além disso, possuem mais chance de cometerem crimes na escola como possuir, usar ou distribuir drogas ou álcool, usar armas de fogo, cometer violência contra professores, administradores ou outros estudantes.

Os pais ausentes são psicologicamente imaturos, menos satisfeitos com suas próprias vidas, são psicologicamente aflitos, não se compreendem e não compreendem os outros. Além disso, não se envolvem com a comunidade ou serviços sociais. Tendem a ter menos satisfação no trabalho e relacionamentos profissionais.

Existem evidências que sugerem que pais envolvidos com os filhos tem estabilidade e satisfação marital na meia-idade. São mais felizes mesmo 20 anos depois do nascimento do primeiro filho.

Filhos que tem pais envolvidos se tornam bons maridos, trabalhadores e excelentes cidadãos na meia idade (Snarey, 1993;Townsend, 2002).

Ser um pai ausente tem conseqüências. A sua proximidade com seus filhos pode determinar destinos na prisão, nas drogas ou pessoas extremamente felizes.

Uma mulher deve consistentemente observar o pai de um pretendente, pois pode ter uma visão de como será sua possível vida de casada e de como seus filhos serão tratados.

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