terça-feira, 16 de abril de 2013

Síndrome do Piloto Automático



Nos grupos de casais que lideramos (Aliança, Finanças, Educação de Filhos, ) encontramos uma característica muito comum nas famílias. Ações diárias descasadas com os objetivos de um casamento. Os casais estão vivendo em modo de “piloto automático”.

Nos casais mais antigos isso se revela em frases do tipo: “passaram vinte anos e nem vi”, “não fiz nada do que queria”, “abri mão dos meus sonhos”, “controle da própria vida”. Nesses casos a solução que os casais buscam é o divórcio. O problema identificado é o cônjuge.

Nos casais mais novos isso se revela em ocasião do nascimento do primeiro e do segundo filho. Noites mal dormidas, pouco ou nenhum sexo. Logo os conflitos e o adultério aparecem como solução, acusações mútuas e adivinhem... divórcio.

A síndrome do piloto automático é o maior mata sonhos que eu conheço. Algumas pessoas só percebem que estão fora do rumo que queriam para suas vidas vinte anos depois. E o pior, culpam os seus cônjuges.

Mas como é isso?

Bom, começa quando não se percebem as mudanças. Quando os cenários mudam são necessárias ações de transição na vida das pessoas.

A primeira grande transição é o próprio casamento. Algumas pessoas teimam em manter as mesmas atitudes do tempo de solteiras. Não vai funcionar. A segunda grande mudança e que requer ações transitórias bem planejadas é a chegada do bebê. Nesse ponto alguns casais se perdem e prejudicam muito a vida da criança.

Mas o que são ações de transição? É o resultado de um planejamento familiar que suspende temporariamente ou faz ir mais devagar projetos de vida do casal. Os objetivos pessoais não são esquecidos, nem jogados fora. Mas recebem tratamento diferenciado em tempos de mudança. Essa transição deve ser antecipada por meio de planejamento e acordo entre o casal. Ninguém deve ceder nada. A cessão é cobrada no momento do divórcio e na maioria das vezes é o próprio motivo de divórcio, o acordo não.

Outras grande mudança é a idade. Devemos planejar deixar de fazer o que fazíamos quando mais jovens e migrar para atividades de adultos. 40 anos não combina mais com mini saia, baladas adolescentes e dormir na casa da amiga. Sim, a comparação foi exagerada, mas normalmente as distorções são assim, bem absurdas.

Vai casar? Faça um curso de noivos, seguido de um curso de finanças para casais. Vai ter um bebê, faça o curso “Preparando a chegada do Bebê”. O filho cresceu? Faça o curso “Como criar seus filhos”. Prepara-se para as grandes transformações da sua vida. É sua vida! Todos esses cursos estão presentes no site da UDF, www.udf.org.br.

Só devem existir ações rotineiras na vida das pessoas se forem para cumprir objetivos de vida, sonhos, manter a saúde. De outra forma, num piscar de olhos vinte anos se passarão e sua vida foi para o ralo. E não adianta botar a culpa no casamento, no cônjuge, nos filhos.

Passe a se preocupar em viver um casamento. Faça atividades junto, como família. Passeios, filmes, oração, igreja, alimentação, estudos. Do contrário, mantenha-se solteiro. Empreenda firmemente atividades que façam você feliz, que te satisfaçam. E viva vinte anos como se fossem mil!