segunda-feira, 29 de junho de 2020

Justiça Divina

Ontem revendo um episódio do “House of Cards”, lembrei de uma cena em que Frank, o personagem de Kevin Spacey, visita um Bispo e indaga sobre a diferença entre a justiça de Deus e a dos homens. Momentos depois o personagem caminha até a estátua de Cristo, e diz: "Amor? É isto que você está vendendo? Bem, eu não acredito nisso". Na sequência,  cospe no rosto da imagem. Ao tentar limpar, a imagem cai e se quebra.


 

Penso que há uma clara distinção entre a justiça divina e a justiça dos homens. Nós cristãos desde os idos de Roma somos atacados em nossas convicções, rituais e atos pessoais, continuamente. Quando buscamos reparação desse tipo de ofensa, somos lembrados da dita liberdade de expressão. 

 

Mas Deus parece não ligar para o modelo humano e aplica seus próprios desígnios.

 

Em 2017, Kevin Spacey é acusado de assediar sexualmente vários homens. E em pelo menos um caso, é acionado juridicamente. A Netflix reage e retira o ator da série, já citada, e ele perde oportunidades em outros filmes na sequência. Ou seja, Kevin é condenado a cumprir pena, sem jamais ter sido condenado por qualquer ato em que é acusado. Meses depois o acusador que decidiu levá-lo aos tribunais decidiu retirar todas as acusações.

 

Kevin sofreu e talvez ainda sofra com o ocorrido. 

 

Aparentemente, a justiça dos homens não conseguiu reparar o escárnio de cuspir na imagem sacra e muito menos de proteger Kevin de sofrer consequências antes de ser julgado. Mas Deus, ah!, Esse, não está morto!