Entre os chavões que mais detesto
para justificar uma ação de ruptura como o divórcio é que vais passar, pois é uma
crise temporária.
Não vai passar.
A autora de Best Sellers Judith
Wallerstein estudou crianças cujos pais se separaram na década de 70 e concluiu
que as conseqüências do divórcio se estendem por décadas na pessoa dos filhos e
em seus relacionamentos.
Os pais justificam para si mesmos
que os filhos os perdoarão e que farão tudo para minimizar as conseqüências do
divórcio em suas vidas.
Entretanto, a infância é
duramente afetada, segundo estudos, nas áreas financeira, emocional, sexual e
espiritual do futuro adulto. Ou seja, erros dos pais, conseqüências nos filhos.
Já tenho visto um movimento,
tímido, mas existe, de pessoas que perceberam que dá trabalho se divorciar e
que é melhor resolver o problema. As pontas soltas em um divórcio são inúmeras.
Do ponto de vista econômico, os
filhos vêem seu conforto e condições de alimentação e segurança decaírem. O pai
contrai uma dívida em longo prazo, que persiste quando casa novamente. Se casar
novamente, a nova família passa a ter como sócios os membros da família
anterior. Essa sociedade é injusta para todos.
Além disso, os pais podem cair no
lugar comum de usarem os filhos como instrumento de dor contra o outro, síndrome
chamada de “Alienação Parental”, ou mesmo em outra chamada ”Síndrome da
compensação”, a vida de todos vira um inferno. Se os envolvidos não forem
maduros, novos divórcios se formam, homens deixam seus lares por não aguentarem a pressão.
Interessante que ao acompanhar
alguns casais desde a sua formação vejo que tudo o que fazem é criar desculpas
para conseguir o que querem.
Quando os pais aconselhavam a não
casar, havia mil motivos, ele é bonito, charmoso, atencioso, inteligente,
trabalhador, tem situação estável, etc...
Para separar ele é chato, não trabalha,
nem se importa comigo, é estúpido, não cuida do corpo, etc...
Percebi então que é tudo um viés.
Pessoas mimadas, acostumadas a ter tudo sem se importar com as conseqüências de
suas decisões nas vidas dos outros. Da desonra contra os pais, até os problemas
emocionais nos filhos, nada disso importa. Apenas seus desejos. Dizem que: O
que importa é ser feliz!
Nem que se seja sobre os
escombros das vidas de outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário