segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O Divórcio Não é uma Crise Temporária


Entre os chavões que mais detesto para justificar uma ação de ruptura como o divórcio é que vais passar, pois é uma crise temporária.

Não vai passar.

A autora de Best Sellers Judith Wallerstein estudou crianças cujos pais se separaram na década de 70 e concluiu que as conseqüências do divórcio se estendem por décadas na pessoa dos filhos e em seus relacionamentos.

Os pais justificam para si mesmos que os filhos os perdoarão e que farão tudo para minimizar as conseqüências do divórcio em suas vidas.

Entretanto, a infância é duramente afetada, segundo estudos, nas áreas financeira, emocional, sexual e espiritual do futuro adulto. Ou seja, erros dos pais, conseqüências nos filhos.

Já tenho visto um movimento, tímido, mas existe, de pessoas que perceberam que dá trabalho se divorciar e que é melhor resolver o problema. As pontas soltas em um divórcio são inúmeras.

Do ponto de vista econômico, os filhos vêem seu conforto e condições de alimentação e segurança decaírem. O pai contrai uma dívida em longo prazo, que persiste quando casa novamente. Se casar novamente, a nova família passa a ter como sócios os membros da família anterior. Essa sociedade é injusta para todos.

Além disso, os pais podem cair no lugar comum de usarem os filhos como instrumento de dor contra o outro, síndrome chamada de “Alienação Parental”, ou mesmo em outra chamada ”Síndrome da compensação”, a vida de todos vira um inferno. Se os envolvidos não forem maduros, novos divórcios se formam, homens deixam seus lares por não aguentarem a pressão.

Interessante que ao acompanhar alguns casais desde a sua formação vejo que tudo o que fazem é criar desculpas para conseguir o que querem.

Quando os pais aconselhavam a não casar, havia mil motivos, ele é bonito, charmoso, atencioso, inteligente, trabalhador, tem situação estável, etc...

Para separar ele é chato, não trabalha, nem se importa comigo, é estúpido, não cuida do corpo, etc...
Percebi então que é tudo um viés. Pessoas mimadas, acostumadas a ter tudo sem se importar com as conseqüências de suas decisões nas vidas dos outros. Da desonra contra os pais, até os problemas emocionais nos filhos, nada disso importa. Apenas seus desejos. Dizem que: O que importa é ser feliz!

Nem que se seja sobre os escombros das vidas de outros.

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