Enquanto a criança não aprende a falar e elaborar frases mais complexas, a mais efetiva forma de comunicação que pode expressar é o choro.
Nessa fase é podemos punir os pequenos com privação de liberdade, por exemplo, mas nunca com privação da possibilidade de reconciliação. A dificuldade está na comunicação.
Os primeiros meses de idade de qualquer criança com bons pais é um sem fim de “sim”. A criança chora e os pais correm para acudi-la. Chora e dão alimento, chora e dão remédio. Não há negativa. A partir do primeiro “não”, o choro é única maneira do pequeno em adquirir um sim novamente. Ele não entende porque depois de tanto tempo recebe um “não”.
Até que aprenda a nova perspectiva ele deve chorar muito. Até soluçar e perder o ar. Nesse momento os pais se desesperam e tendem a aliviar ceder ao sim. O que remete a criança à situação anterior. Se chorar ganho o tão apreciado “sim”. Mas até quando a criança deve chorar para que façamos alguma coisa? Como fazer se o pequeno estender os braços para nós?
Os pais podem fazer o que quiserem. Pegar o filho no colo ou distraí-lo, conversar com ele. Só não podem ceder aos apelos da criança ao que já foi negado. Se o pai não está disposto a passar por essa situação, não deve dizer não. O tempo até pegá-lo no colo não deve ser menor que o tempo do último episódio.
Não devemos considerar que a criança nesse estágio está fazendo birra ou é desobediente. Ela está aprendendo a se comunicar, bem como aprendendo os limites e quem manda na casa.
Se o pequenino estender os braços é um sinal que ele quer reconciliação. Quer o amor e o carinho dos pais novamente. Nesse momento alguns pais podem errar e ceder. Estarão ensinando ao filho que afeto e conquista de território estão conectados. Gera no futuro adulto um comportamento baseado na troca. Troca afeto por um “sim”.
A reconciliação é o modo de a criança expressar que prefere o relacionamento. Que dá valor a estar perto de você. Utilize isso com sabedoria. Aprender e ensinar os filhos sobre reconciliar-se é plantar novos começos até o fim da vida. Cria laços eternos com o filhos.
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