A escritora Lya Luft em sua crônica na revista Veja de 30 de
janeiro escreveu algo que me chamou atenção. “Querer ter 40 anos aos 70 é tão
patético quanto 20 aos 40 como se nos tivessem embalsamado na idade que achamos
ideal”.
Na minha jornada de vida encontrei mães que incorporaram o
linguajar e as vestimentas de suas filhas. Não consigo pensar em qual intento
isso foi feito, mas percebo que isso tem consequências nos relacionamentos
familiares e na sociedade.
Nas três oportunidades que vi isso acontecer as consequências
foram divórcio e muita confusão. Não sou fã da Sra. Lya, mas ela pergunta
acertadamente: “existe uma idade melhor?”
Será que viver intensamente a fase que se está é tão difícil?
Meus filhos quando tinham 15 anos queriam ter 18. Vejo pessoas com 40 querendo
ter 20. O problema disso é que quando somos pais devemos assumir nossa
paternidade e quando avós... assumir essa liberdade. Sou avô e minha esposa
executa atividades de avó. Ela vive isso com muita tranquilidade. Fico pasmo
com a naturalidade com que ela aceita e convive com isso.
Cumprir o dever de marido e esposa, pai e mãe faz parte dos
tempos e idades que passamos. Assim, não pule etapas. Quando criança brinque
como criança. Deixe a fase de namoro para a idade correta. Ao namorar não adote
ações de casado, para que quando casar as execute na hora adequada. Ao casar
assuma seu relacionamento e não descarte seu cônjuge. Quando pai pratique a
paternidade.
Chega de viver a idade certa com ações erradas.
Seja você mesmo. Agora mesmo.
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