sexta-feira, 28 de junho de 2024

Papéis: Homem e Mulher

 

No modelo bíblico, Deus coloca a família com papéis de governança, da segurança, da provisão e do lar. Os dois primeiros são do homem. A governança do lar é da mulher.

O desconhecimento desses papéis e o modelo de desconstrução do homem pela sociedade está aumentando os conflitos dentro do casamento.

Para exemplificar, Deus não manda Samuel na casa de Davi, Ele mana Samuel na casa de Jessé. O pai atrai a atenção e a segurança de Deus. Ele é o ponto de segurança.

O Pai é a referência.

Deus teve mais misericórdia de Davi do que de Salomão.

Davi não tinha um pai humano como referência, o Pai de Davi era Deus. Salomão tinha Davi como referência.

E mais: Se andares nos meus caminhos, obedecendo aos meus estatutos e aos meus mandamentos, como procedia Davi, teu pai, Eu prolongarei os teus dias sobre a terra!” 1 Rs 3:14.

Para a mulher

O objetivo primordial da governança do lar é manter a paz em casa quando o homem (provedor do alimento e da segurança), estiver em casa.

O homem está plenamente preparado para a guerra na rua, no trabalho, nas relações pessoais com amigos e conhecidos, mas é despreparado para batalhas em casa. O homem foi feito para deixar suas armas do lado de fora da porta de casa. Em casa ele é tranquilo e relaxado.

Quando sai, recolhe suas armas e volta para a guerra.

O marido de Bate Seba se recusa a entrar em casa quando é chamado de volta. Ele sabe que seus companheiros estão guerreando, sangrando e morrendo e ele vai entrar em um lugar de paz absoluta. Ele não pode deixar as armas do lado de fora. Suas mãos estão firmes no propósito de guerra.

Ele não consegue misturar os dois elementos.

Se este homem que deixa suas armas na porta tem uma mulher rixosa em casa, ele é indefeso e não consegue reagir. Ele fica confuso com a guerra fora e a guerra em casa. O sofrimento emocional é terrível. A ambiguidade da situação é paralisante.

A solução para esse homem é se apegar firmemente em coisas que lhe darão tranquilidade e prazer: jogos, drogas, pornografia e bebida. Se possível em casa, senão fora.

Melhor é morar numa região deserta do que na companhia de uma mulher amargurada e briguenta. Pv 21:19

Um efeito colateral é que o homem para de desejar sexualmente sua mulher. A rixa, a guerra em casa tiram o desejo sexual e em alguns casos até há queda de testosterona. O homem é emasculado pela mulher.

Quando a situação se torna insustentável algumas atitudes conhecidas são apatia e depressão, para alguns, agressão verbal e física para outros. Mas o final é sempre o divórcio.

Aqui uma explicação. A mulher rixosa se acha superior ao homem. Ela atribui a ele fraqueza e falta de ação. Deixa claro isso nas palavras e ações. Ela diz que consegue viver sem ele. E que pode fazer e faz tudo em casa e que ele não faz nada. Ou seja, ela é poderosa na ação e na possibilidade de ação. Ela desdenha da segurança que ele pode prover quando sai sozinha ou faz tudo com independência, sem a companhia do homem.

Um outro tipo de situação é a mulher que se iguala ao homem.

Somos iguais. Dividimos a provisão e a governança da casa.

No modelo familiar só há igualdade entre irmãos.

Quando a poeira assenta, os papéis usurpados e misturados acabam com a paz e a ordem na família. Ninguém faz sexo com a irmã.

E vai mais além. Uma das pautas de um relacionamento saudável é o namoro, cortejo e finalmente o sexo. A admiração pelo corpo, pela roupa e pelo desenvolvimento da mulher é perdido. Os olhos se voltam para fora. Para mulheres que não se parecem com sua irmã.

O modelo de divisão de tarefas da infância agora se repete no casamento. O homem não tem primazia e a casa não é mais um lugar neutro, onde há paz. Agora é um lugar de tarefas e guerra. Em tempo nenhum há paz. Trabalho fora, trabalho em casa.

Para os dois casos há uma busca de um lugar de paz, uma caverna, onde a única possibilidade é o silêncio total ou muito barulho que abafe o som que vem de fora. Ou seja, a função adaptativa do ser humano, o leva a buscar algo que complete a falta de paz. Essa tentativa de cura pode o levar a idealizar, se identificar com o que considera ideal e se entregar a uma relação complementar, protetiva e poderosa, para compensar a falta de uma esposa e de paz. Isso é ruim, pois A busca por paz não deve ser uma fuga da realidade, mas sim uma busca consciente por harmonia interior.

 Para o homem.

 Ao homem ficaram duas propostas interessantes. Provisão e proteção.

A provisão não pode ser substituta da segurança. Dar um carro para esposa não exime a presença do homem no dia a dia da mulher. Ou seja, a possibilidade ou necessidade da esposa andar sozinha é uma exceção. O homem deve ser capaz de investir tempo para caminhar junto em toda jornada feminina.

A provisão não é dar tudo que ela quer. É necessário avaliar a necessidade em razão da possibilidade. Mimar demais não é bom para ninguém. Nem filhos, nem esposas. Dar coisas pode ser um carinho gostoso, mas não substitui relacionamento intenso.

A mulher é um pouco mais complexa que o homem. Se as outras funções não forem cumpridas, dar presentes viagens e mimos pode ser um tiro no pé. Ela não se sentirá mais amada, pelo contrário, a sensação de abandono será maior. O equilíbrio nesse caso é primordial. Quando presenteada ela se sentirá especial.

Quanto à segurança, ela se divide em dois: Possibilidade e presença.

Se o homem for fraco fisicamente e emocionalmente, não consegue desempenhar sua função de proteger. As ameaças são vencidas pela esposa sozinha. E ela não nasceu para isso. Por isso, um homem deve se preparar fisicamente em academia e lutas.  Si vis pacem, para bellum.

Mas como proteger se não anda junto. Muitos maridos desprotegem a esposa deixando de conviver no dia a dia externo a casa. Pode ser forte, pode ser perigoso, mas à distância ninguém é protegido. Se o homem não pode ir, a mulher deve ficar. Claro que existem exceções. Mas devem ser isso, exceções.

Há mulheres, por omissão dos homens, enveredam pela independência diária. O estresse e o cansaço serão os efeitos colaterais. Vejo mulheres indo a psicólogos e tomando remédios por assumirem funções de provisão e segurança.

Novamente aqui a sensação de abandono, desamor e abandono. Essa independência não é benéfica. Dá para a mulher a falsa sensação de poder e segurança. E em algum momento ela pode pensar que o homem não é mais necessário. Também pode sentir que seu parceiro é inútil e fraco. Aqui o desinteresse sexual pode ser um efeito colateral na relação. Pode passar a procurar alguém que supra essa lacuna em sua vida.

A falsa sensação de poder causa alguns efeitos colaterais. Mulheres não respeitam homens fracos. Gritam, falam coisas desrespeitosas, são desleais e até infiéis. Ninguém quer andar ao lado de um fracote.

Proteger as emoções é o maior desafio de um homem. Manter a esposa dentro dos limites saudáveis de viver também passa por manter rotinas saudáveis de alimentação, exercícios e consultas médicas. Além de manter comunicação intensa e conversas saudáveis sobre todos os assuntos e não só frivolidades.

A ausência masculina na área emocional é perigosa. A mulher precisa de uma missão alinhada com a missão do homem. Se o homem não tem missão, o casal anda como barata tonta na vida. A missão guia resultados e tudo na vida do casal se volta para isso. As emoções são ligadas a isso. Comemorar quando alcançamos ou chegamos perto do nosso objetivo como casal. Ficar tristes juntos quando fracassamos. E entender a fonte de tristeza e alegria.

O emocional da mulher pode fluir com frequência inesperada, mas o homem deve estar atento para isso, não para se submeter, mas para agir em contenção ou acolhimento. Deixá-la sentir sozinha a fará ter pensamentos malignos e descontrolados o que leva a sensação de solidão de novamente, abandono.

Sem provisão e proteção teremos mulheres histéricas, descontroladas e frequentemente cansadas, com sobrepeso, desleais, infiéis, desleixadas, gritonas e desrespeitosas.

Tudo isso fruto de um homem que não age como homem.

Como mudamos isso?

Mudando crenças básicas sobre si mesmo, o mundo e os outros é possível alterar emoções e comportamentos. As crenças a serem exploradas é de como vemos Deus e como nos vemos como filhos de Deus.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

A Importância dos Incentivos Positivos e Negativos na Adolescência🌱✨

A fase da adolescência é marcada por intensas transformações, tanto físicas quanto emocionais. Nesse período, o papel dos pais é crucial para o desenvolvimento saudável dos filhos. Contudo, uma mãe que não explora incentivos positivos e negativos pode, sem querer, incentivar um forte narcisismo no adolescente. 💭🪞 Ao não direcionar a atenção para além de si, o jovem corre o risco de se tornar incapaz de perceber o outro e o mundo ao seu redor, concentrando toda sua libido em si mesmo.


O mito grego de Narciso ilustra de forma pungente as consequências desse comportamento. Narciso, um belo jovem, foi objeto do amor da ninfa Eco, que fora privada de fala por Hera e só podia repetir as últimas sílabas das palavras que ouvia. 😔🗣️ Incapaz de expressar seu amor, Eco foi rejeitada por Narciso e morreu de desgosto. Os deuses, em sua justiça, puniram Narciso fazendo-o apaixonar-se pela própria imagem refletida nas águas de uma fonte. Tirésias, o vidente, havia profetizado que Narciso viveria até ver-se a si mesmo.

Quando Narciso viu seu reflexo, ficou perdidamente apaixonado por si mesmo e recusou-se a deixar o local. 🌊🌺 Sua obsessão consigo próprio levou-o à morte por debilidade, metamorfoseando-se na flor que hoje conhecemos como narciso, encontrada à beira de fontes e mananciais. Este mito serve como uma poderosa metáfora para a importância de ensinar aos adolescentes a olhar além de si mesmos e a valorizar as relações interpessoais e o mundo ao seu redor.

Portanto, é fundamental que os pais incentivem seus filhos a desenvolverem empatia e consciência social, utilizando tanto incentivos positivos quanto negativos. 💡❤️ Ao fazê-lo, evitam que o adolescente se torne um "Narciso" moderno, focado unicamente em si mesmo. Afinal, um equilíbrio saudável de amor-próprio e consideração pelos outros é essencial para o desenvolvimento de indivíduos completos e socialmente responsáveis.

#Adolescência #PaisEFilhos #Educação #Narcisismo #MitoGrego #IncentivosPositivos #IncentivosNegativos #Empatia #DesenvolvimentoPessoal #ConsciênciaSocial

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Nome-do-Pai

 A teoria do Nome-do-Pai é um conceito central na obra do psicanalista francês Jacques Lacan. Essa teoria foi esboçada em 1953 e se desenvolve ao longo de suas palestras e escritos, especialmente nos Seminários e nos Escritos. Lacan desenvolveu essa teoria como parte de sua reinterpretação da psicanálise freudiana, trazendo à tona a importância do simbólico na estruturação do sujeito.

Origem e Contexto

A teoria do Nome-do-Pai surge no contexto do retorno de Lacan a Freud, um movimento para resgatar e revalorizar certos aspectos da psicanálise freudiana que, segundo ele, haviam sido negligenciados por outros psicanalistas contemporâneos. Lacan enfatiza a função do simbólico na constituição do sujeito e nas dinâmicas do inconsciente.

Definição do Nome-do-Pai

O Nome-do-Pai refere-se à função simbólica desempenhada pela figura paterna ou pela instância paterna na estruturação do sujeito. Não se trata necessariamente do pai biológico, mas de uma função que pode ser ocupada por diversas figuras ou elementos na vida do indivíduo. O Nome-do-Pai é essencial para a entrada do sujeito na ordem simbólica e para a constituição da Lei.

A Função Paterna

A função do Nome-do-Pai é introduzir a criança à Lei, à ordem simbólica, que é regida por normas e regras sociais. Esse processo é crucial para a resolução do Complexo de Édipo, conforme teorizado por Freud. No momento em que a criança reconhece a autoridade do pai (ou da figura que desempenha essa função), ela internaliza a Lei, o que permite a formação do superego e a aceitação das normas sociais.

As Três Ordens: Simbólico, Imaginário e Real

Lacan estrutura sua teoria psicanalítica em três ordens: o Simbólico, o Imaginário e o Real. O Nome-do-Pai é uma função fundamental no registro do Simbólico. É por meio da internalização dessa função que o sujeito pode se situar na rede de significantes que compõem a linguagem e a cultura.

- Simbólico: Relaciona-se à linguagem, às leis e normas sociais. É o domínio dos significantes e da estruturação social.

Imaginário: Refere-se à formação de imagens e à relação dual entre o eu e o outro. Está ligado ao narcisismo e às identificações primárias.

Real: O que escapa à simbolização e ao imaginário, aquilo que é irredutível ao entendimento humano.

Consequências da Foraclusão do Nome-do-Pai

Quando a função do Nome-do-Pai é foracluída (ou seja, excluída radicalmente do Simbólico do sujeito), o indivíduo pode experimentar uma estrutura psicótica. Na psicose, a falha na inscrição do Nome-do-Pai impede o sujeito de se estruturar adequadamente na ordem simbólica, resultando em uma desorganização do campo do significante e, frequentemente, na emergência de fenômenos como delírios e alucinações.

Importância na Psicanálise e na Cultura

A teoria do Nome-do-Pai de Lacan teve um impacto significativo tanto na psicanálise quanto em áreas relacionadas às ciências humanas e sociais. Ela oferece uma maneira de entender como os indivíduos são constituídos dentro da cultura e como a linguagem e as normas sociais influenciam a formação da subjetividade.

A teoria do Nome-do-Pai esboçada por Jacques Lacan em 1953 é uma contribuição fundamental para a psicanálise. Ela ilumina a função crucial que a figura paterna, enquanto representante da Lei e do Simbólico, desempenha na constituição do sujeito e na sua inserção na sociedade. A compreensão dessa teoria é essencial para aqueles que estudam psicanálise e para todos os que desejam entender as complexas dinâmicas da subjetividade humana.

Como as Feridas Emocionais Podem Levar ao Hiperfoco e Hiperalerta


Feridas emocionais são cicatrizes invisíveis que muitas vezes moldam profundamente o comportamento e as reações das pessoas. Quando alguém passa por experiências traumáticas, o corpo e a mente desenvolvem mecanismos de defesa para prevenir mais sofrimento. Um desses mecanismos é o estado de hiperfoco e hiperalerta. 🧠🔍

Sigmund Freud, o pai da psicanálise, descreveu como os traumas podem influenciar nosso inconsciente, levando a reações automáticas de autoproteção. De acordo com Freud, nosso "eu" inconsciente está constantemente tentando evitar a repetição de experiências dolorosas, o que pode se manifestar como um estado de alerta constante aos estímulos sociais e ambientais. Este estado pode ser visto como uma forma de "prevenção de danos", onde a pessoa está sempre pronta para detectar e reagir a ameaças potenciais. 🚨🔎

Carl Jung, por sua vez, destacou a importância da sombra, uma parte do inconsciente que contém todas as emoções e traumas reprimidos. Jung sugeriu que ao confrontar e integrar essas partes sombrias, podemos encontrar cura e autoconhecimento. No entanto, até que esse processo de integração ocorra, as feridas emocionais podem manter uma pessoa em um estado de vigilância elevada. Esta hipervigilância é muitas vezes um reflexo da tentativa da mente de manter a segurança em um mundo percebido como perigoso. 🌌💡

Embora o hiperfoco e o hiperalerta possam ser úteis em situações de perigo imediato, eles podem se tornar desgastantes quando persistem a longo prazo. Pessoas que estão constantemente hiperalertas podem sentir um cansaço mental extremo e dificuldades em relaxar. Além disso, essa condição pode afetar negativamente suas relações interpessoais, pois a sensibilidade aumentada pode levar a interpretações errôneas das intenções dos outros. Por isso, a violência de alguns nos posts que encontramos nas redes sociais.💔⚡

Para aqueles que vivem nesse estado de hipervigilância, buscar apoio profissional é crucial. Psicoterapia e outras formas de tratamento podem ajudar a pessoa a entender e gerenciar suas respostas emocionais. Técnicas como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) são eficazes em ajudar os indivíduos a desenvolverem novas formas de lidar com o trauma. Além disso, práticas de mindfulness e meditação podem promover um estado de relaxamento e reduzir a hipervigilância. 🧘‍♂️💆‍♀️

O estado de hiperfoco e hiperalerta é uma resposta natural e defensiva a feridas emocionais. Compreender essa dinâmica pode nos ajudar a encontrar caminhos para a cura e o bem-estar. Como Freud e Jung destacaram, enfrentar e integrar nossos traumas é fundamental para alcançar um equilíbrio emocional. Portanto, não hesite em buscar ajuda e aprender a cuidar de suas feridas emocionais. 🌿❤️

Para aqueles que sofrem com a violência de pessoas feridas, afastem-se de pessoas e redes que publicam com expressões agressivas. Você pode se contaminar e adoecer.

Pessoas curadas usam expressões de união e afeto. Pessoas doentes separam , verbalizando expressões que criam “nós e eles”.

Cuide da sua saúde mental!

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quarta-feira, 12 de junho de 2024

Paternidade Centralizada nos Filhos: Superproteção e Indulgência

 Superproteção e Indulgência

A superproteção e a indulgência excessiva dos pais, embora muitas vezes motivadas por boas intenções, podem ter efeitos negativos no desenvolvimento emocional e psicológico das crianças. Abaixo, discuto como esses comportamentos parentais podem prejudicar a capacidade das crianças de lidar com desafios e frustrações, com base em estudos empíricos relevantes.

Superproteção

A superproteção refere-se a um estilo de paternidade onde os pais tentam constantemente proteger seus filhos de qualquer forma de dor, fracasso ou desconforto. Embora o desejo de proteger os filhos seja natural, a superproteção pode ter consequências adversas.

1. Redução da Resiliência: Crianças que são excessivamente protegidas podem não desenvolver a resiliência necessária para lidar com adversidades. A capacidade de enfrentar e superar desafios é crucial para o crescimento pessoal e o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento. Um estudo publicado no Journal of Child and Family Studies (2015) descobriu que a superproteção está associada a menores níveis de resiliência e habilidades de resolução de problemas nas crianças .

2. Dependência Excessiva: A superproteção pode levar à dependência excessiva dos pais, impedindo que as crianças desenvolvam autonomia e independência. Isso pode resultar em dificuldades para tomar decisões e resolver problemas de forma eficaz quando não estão sob a supervisão direta dos pais.

3. Ansiedade e Medo: Estudos mostram que crianças superprotegidas podem desenvolver níveis mais altos de ansiedade e medo, uma vez que não têm a oportunidade de enfrentar e superar medos em um ambiente seguro. Uma meta-análise publicada no Journal of Anxiety Disorders (2013) revisou múltiplos estudos sobre a relação entre superproteção parental e ansiedade em crianças, mostrando uma correlação positiva significativa entre os dois fatores .

 Indulgência

A indulgência parental refere-se à tendência de ceder constantemente aos desejos e caprichos dos filhos, muitas vezes evitando dizer "não" ou estabelecer limites firmes.

1. Falta de Autocontrole: Crianças que são frequentemente indulgidas podem ter dificuldades em desenvolver autocontrole e autodisciplina. Elas podem esperar gratificação imediata e ter pouca paciência para trabalhar em direção a metas a longo prazo.

2. Baixa Tolerância à Frustração: A indulgência pode levar a uma baixa tolerância à frustração. Crianças que não experimentam "não" ou limites podem ter dificuldade em lidar com situações onde não conseguem o que desejam, levando a comportamentos de frustração e raiva.

3. Problemas de Comportamento: A pesquisa publicada no Journal of Child and Family Studies (2013) encontrou que crianças que experimentam altos níveis de indulgência dos pais apresentam problemas significativos de autocontrole e têm maior probabilidade de exibir comportamentos problemáticos .

A superproteção e a indulgência, apesar de serem estratégias parentais bem-intencionadas, podem prejudicar significativamente o desenvolvimento emocional e psicológico das crianças. Essas abordagens podem limitar a capacidade das crianças de lidar com desafios, desenvolver resiliência e autonomia, e aprender a tolerar frustrações. Portanto, é essencial que os pais encontrem um equilíbrio, permitindo que os filhos enfrentem dificuldades e estabelecendo limites claros, enquanto ainda fornecem apoio e orientação. Isso ajudará a preparar as crianças para lidar com as inevitáveis adversidades da vida de maneira saudável e eficaz.

Estudos

Superproteção e Resiliência

Estudo 1: "Overparenting and its impact on the parent-child relationship" publicado no Journal of Child and Family Studies (2015), analisou os efeitos da superproteção no desenvolvimento infantil. A pesquisa encontrou que a superproteção estava associada a menores níveis de resiliência e habilidades de resolução de problemas nas crianças.

  • Referência: Segrin, C., Woszidlo, A., Givertz, M., Bauer, A., & Taylor Murphy, M. (2015). The association between overparenting, parent–child communication, and entitlement and adaptive traits in adult children. Journal of Child and Family Studies, 24(6), 1733-1743.

Superproteção e Ansiedade

Estudo 2: Uma meta-análise publicada no Journal of Anxiety Disorders (2013) revisou múltiplos estudos sobre a relação entre superproteção parental e ansiedade em crianças. Os resultados mostraram uma correlação positiva significativa entre os dois fatores.

  • Referência: McLeod, B. D., Wood, J. J., & Weisz, J. R. (2007). Examining the association between parenting and childhood anxiety: A meta-analysis. Journal of Anxiety Disorders, 21(8), 1076-1088.

Indulgência e Autocontrole

Estudo 3: "Parental indulgence: Profiles and relations to psychological outcomes in emerging adults" publicado no Journal of Child and Family Studies (2013), explorou os efeitos da indulgência parental em jovens adultos. O estudo encontrou que a indulgência estava associada a problemas de autocontrole e a comportamentos problemáticos.

  • Referência: Segrin, C., Woszidlo, A., Givertz, M., & Montgomery, N. (2013). Parent and child traits associated with overparenting. Journal of Social and Clinical Psychology, 32(6), 569-595.

Esses estudos fornecem um embasamento científico para as afirmações sobre os efeitos da superproteção e da indulgência no desenvolvimento infantil. Eles demonstram que, embora a intenção dos pais possa ser proteger e cuidar de seus filhos, um excesso de proteção e indulgência pode, de fato, prejudicar o desenvolvimento da resiliência, aumentar a ansiedade e causar problemas de autocontrole.

domingo, 9 de junho de 2024

O livro de Hebreus

📜 O autor de Hebreus reconhece a complexidade de suas exposições (Hb 5:11). Este livro, sem citar os Evangelhos, demonstra familiaridade com 1 Pedro, caracterizando os cristãos como "estrangeiros e peregrinos" e se referindo a Cristo como o "supremo pastor" (1 Pe 2:11; Hb 13:20).✉️ Por volta de 200 d.C., Hebreus era considerado uma epístola de Paulo, mas hoje é visto como uma obra de pregação com um encerramento epistolar, influenciado por Paulo, mas não escrito por ele (Boring, 2016, p. 763-765).

🌟 O tema central é a superioridade de Cristo como sumo sacerdote e mediador de uma nova e superior aliança (Hb 7:1-10:18). Os cristãos buscam a cidade celestial de Deus, não Jerusalém terrena (Hb 12:21-22).📜 Cristo é superior aos anjos, a Moisés, e é o sumo sacerdote supremo, realizando algo melhor e absoluto (Boring, 2016, p. 776-777). Isso implica uma condição superior para os crentes (Hb 12:18-24).

🛡️ O livro desafia os cristãos a perseverarem no testemunho, mesmo com risco de martírio, vivendo como Cristo e lutando contra a injustiça. Somos chamados a oferecer sacrifícios de louvor a Deus (Hb 13:15-17).

🌍 Os seguidores de Cristo são estrangeiros e peregrinos. Hebreus é considerado o melhor grego do Novo Testamento, com uma visão platônica, mas sem as ideias de Filo de Alexandria (Boring, 2016, p. 767).

📖 Historicamente, tratado como pregação e erroneamente atribuído a Paulo, Hebreus é agora reconhecido como uma obra-prima de pregação epistolar (Boring, 2016, p. 763). 🔗 A superioridade de Cristo é destacada em comparação ao judaísmo, que é valorizado para argumentar a favor da nova aliança de Cristo (Heen & Krey, 2008, p. 31).

🏛️ Hebreus trabalha a teologia da "aliança", enfatizando a eternidade desta nova aliança, com o tabernáculo terreno como esboço do celestial (Hb 8:5). A nova aliança está escrita no coração (Heen & Krey, 2008, p. 184).🛡️ Os cristãos são chamados a perseverar no testemunho, oferecendo sacrifícios de louvor a Deus, praticando o bem e partilhando com os outros (Hb 13:15-17). Cristo suportou humilhação, e devemos seguir seu exemplo (Hb 13:12-14).

✝️ A cruz de Cristo revoluciona tudo. Os cristãos são chamados a viver com menos e suportar abusos, pois a cruz é um altar do mundo (Leão Magno).🙏 Nosso sacrifício a Deus é o agradecimento e a perseverança, que nos aproximam dele. A misericórdia é outro sacrifício agradável a Deus (Agostinho).

⛪ Devemos nos comportar bem uns com os outros, sabendo que a misericórdia é o verdadeiro sacrifício. Precisamos das orações uns dos outros, como os apóstolos pediam (Agostinho).📜 Hebreus encerra desejando que a boa obra de Deus produza em nós o que é agradável na presença do Senhor, o Deus da paz. Que a graça de Deus esteja com todos nós (Hb 13:25).

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