No modelo bíblico, Deus coloca a
família com papéis de governança, da segurança, da provisão e do lar. Os dois
primeiros são do homem. A governança do lar é da mulher.
O desconhecimento desses papéis e
o modelo de desconstrução do homem pela sociedade está aumentando os conflitos
dentro do casamento.
Para exemplificar, Deus não manda
Samuel na casa de Davi, Ele mana Samuel na casa de Jessé. O pai atrai a atenção
e a segurança de Deus. Ele é o ponto de segurança.
O Pai é a referência.
Deus teve mais misericórdia de
Davi do que de Salomão.
Davi não tinha um pai humano como
referência, o Pai de Davi era Deus. Salomão tinha Davi como referência.
E mais: Se andares nos meus caminhos,
obedecendo aos meus estatutos e aos meus mandamentos, como procedia Davi, teu
pai, Eu prolongarei os teus dias sobre a terra!” 1 Rs 3:14.
Para a mulher
O objetivo primordial da governança
do lar é manter a paz em casa quando o homem (provedor do alimento e da segurança),
estiver em casa.
O homem está plenamente preparado
para a guerra na rua, no trabalho, nas relações pessoais com amigos e conhecidos,
mas é despreparado para batalhas em casa. O homem foi feito para deixar suas
armas do lado de fora da porta de casa. Em casa ele é tranquilo e relaxado.
Quando sai, recolhe suas armas e
volta para a guerra.
O marido de Bate Seba se recusa a
entrar em casa quando é chamado de volta. Ele sabe que seus companheiros estão
guerreando, sangrando e morrendo e ele vai entrar em um lugar de paz absoluta.
Ele não pode deixar as armas do lado de fora. Suas mãos estão firmes no
propósito de guerra.
Ele não consegue misturar os dois
elementos.
Se este homem que deixa suas
armas na porta tem uma mulher rixosa em casa, ele é indefeso e não consegue
reagir. Ele fica confuso com a guerra fora e a guerra em casa. O sofrimento emocional
é terrível. A ambiguidade da situação é paralisante.
A solução para esse homem é se apegar
firmemente em coisas que lhe darão tranquilidade e prazer: jogos, drogas, pornografia
e bebida. Se possível em casa, senão fora.
Melhor é morar numa região deserta do que na
companhia de uma mulher amargurada e briguenta. Pv 21:19
Um efeito colateral é que o homem
para de desejar sexualmente sua mulher. A rixa, a guerra em casa tiram o desejo
sexual e em alguns casos até há queda de testosterona. O homem é emasculado pela
mulher.
Quando a situação se torna insustentável
algumas atitudes conhecidas são apatia e depressão, para alguns, agressão
verbal e física para outros. Mas o final é sempre o divórcio.
Aqui uma explicação. A mulher
rixosa se acha superior ao homem. Ela atribui a ele fraqueza e falta de ação.
Deixa claro isso nas palavras e ações. Ela diz que consegue viver sem ele. E
que pode fazer e faz tudo em casa e que ele não faz nada. Ou seja, ela é
poderosa na ação e na possibilidade de ação. Ela desdenha da segurança que ele
pode prover quando sai sozinha ou faz tudo com independência, sem a companhia
do homem.
Um outro tipo de situação é a mulher
que se iguala ao homem.
Somos iguais. Dividimos a
provisão e a governança da casa.
No modelo familiar só há igualdade
entre irmãos.
Quando a poeira assenta, os
papéis usurpados e misturados acabam com a paz e a ordem na família. Ninguém
faz sexo com a irmã.
E vai mais além. Uma das pautas
de um relacionamento saudável é o namoro, cortejo e finalmente o sexo. A
admiração pelo corpo, pela roupa e pelo desenvolvimento da mulher é perdido. Os
olhos se voltam para fora. Para mulheres que não se parecem com sua irmã.
O modelo de divisão de tarefas da
infância agora se repete no casamento. O homem não tem primazia e a casa não é
mais um lugar neutro, onde há paz. Agora é um lugar de tarefas e guerra. Em
tempo nenhum há paz. Trabalho fora, trabalho em casa.
Para os dois casos há uma busca
de um lugar de paz, uma caverna, onde a única possibilidade é o silêncio total
ou muito barulho que abafe o som que vem de fora. Ou seja, a função adaptativa
do ser humano, o leva a buscar algo que complete a falta de paz. Essa tentativa
de cura pode o levar a idealizar, se identificar com o que considera ideal e se
entregar a uma relação complementar, protetiva e poderosa, para compensar a falta
de uma esposa e de paz. Isso é ruim, pois A busca por paz não deve ser uma fuga
da realidade, mas sim uma busca consciente por harmonia interior.
A provisão não pode ser
substituta da segurança. Dar um carro para esposa não exime a presença do homem
no dia a dia da mulher. Ou seja, a possibilidade ou necessidade da esposa andar
sozinha é uma exceção. O homem deve ser capaz de investir tempo para caminhar
junto em toda jornada feminina.
A provisão não é dar tudo que ela
quer. É necessário avaliar a necessidade em razão da possibilidade. Mimar
demais não é bom para ninguém. Nem filhos, nem esposas. Dar coisas pode ser um
carinho gostoso, mas não substitui relacionamento intenso.
A mulher é um pouco mais complexa
que o homem. Se as outras funções não forem cumpridas, dar presentes viagens e
mimos pode ser um tiro no pé. Ela não se sentirá mais amada, pelo contrário, a
sensação de abandono será maior. O equilíbrio nesse caso é primordial. Quando
presenteada ela se sentirá especial.
Quanto à segurança, ela se divide
em dois: Possibilidade e presença.
Se o homem for fraco fisicamente
e emocionalmente, não consegue desempenhar sua função de proteger. As ameaças
são vencidas pela esposa sozinha. E ela não nasceu para isso. Por isso, um homem
deve se preparar fisicamente em academia e lutas. Si vis pacem, para bellum.
Mas como proteger se não anda
junto. Muitos maridos desprotegem a esposa deixando de conviver no dia a dia
externo a casa. Pode ser forte, pode ser perigoso, mas à distância ninguém é
protegido. Se o homem não pode ir, a mulher deve ficar. Claro que existem
exceções. Mas devem ser isso, exceções.
Há mulheres, por omissão dos
homens, enveredam pela independência diária. O estresse e o cansaço serão os
efeitos colaterais. Vejo mulheres indo a psicólogos e tomando remédios por
assumirem funções de provisão e segurança.
Novamente aqui a sensação de
abandono, desamor e abandono. Essa independência não é benéfica. Dá para a
mulher a falsa sensação de poder e segurança. E em algum momento ela pode
pensar que o homem não é mais necessário. Também pode sentir que seu parceiro é
inútil e fraco. Aqui o desinteresse sexual pode ser um efeito colateral na
relação. Pode passar a procurar alguém que supra essa lacuna em sua vida.
A falsa sensação de poder causa
alguns efeitos colaterais. Mulheres não respeitam homens fracos. Gritam, falam
coisas desrespeitosas, são desleais e até infiéis. Ninguém quer andar ao lado
de um fracote.
Proteger as emoções é o maior
desafio de um homem. Manter a esposa dentro dos limites saudáveis de viver
também passa por manter rotinas saudáveis de alimentação, exercícios e
consultas médicas. Além de manter comunicação intensa e conversas saudáveis
sobre todos os assuntos e não só frivolidades.
A ausência masculina na área
emocional é perigosa. A mulher precisa de uma missão alinhada com a missão do
homem. Se o homem não tem missão, o casal anda como barata tonta na vida. A
missão guia resultados e tudo na vida do casal se volta para isso. As emoções
são ligadas a isso. Comemorar quando alcançamos ou chegamos perto do nosso objetivo
como casal. Ficar tristes juntos quando fracassamos. E entender a fonte de
tristeza e alegria.
O emocional da mulher pode fluir
com frequência inesperada, mas o homem deve estar atento para isso, não para se
submeter, mas para agir em contenção ou acolhimento. Deixá-la sentir sozinha a
fará ter pensamentos malignos e descontrolados o que leva a sensação de solidão
de novamente, abandono.
Sem provisão e proteção teremos
mulheres histéricas, descontroladas e frequentemente cansadas, com sobrepeso,
desleais, infiéis, desleixadas, gritonas e desrespeitosas.
Tudo isso fruto de um homem que não
age como homem.
Como mudamos isso?
Mudando crenças básicas sobre si mesmo, o mundo e os outros é possível alterar emoções e comportamentos. As crenças a serem exploradas é de como vemos Deus e como nos vemos como filhos de Deus.
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