sexta-feira, 28 de junho de 2024

Papéis: Homem e Mulher

 

No modelo bíblico, Deus coloca a família com papéis de governança, da segurança, da provisão e do lar. Os dois primeiros são do homem. A governança do lar é da mulher.

O desconhecimento desses papéis e o modelo de desconstrução do homem pela sociedade está aumentando os conflitos dentro do casamento.

Para exemplificar, Deus não manda Samuel na casa de Davi, Ele mana Samuel na casa de Jessé. O pai atrai a atenção e a segurança de Deus. Ele é o ponto de segurança.

O Pai é a referência.

Deus teve mais misericórdia de Davi do que de Salomão.

Davi não tinha um pai humano como referência, o Pai de Davi era Deus. Salomão tinha Davi como referência.

E mais: Se andares nos meus caminhos, obedecendo aos meus estatutos e aos meus mandamentos, como procedia Davi, teu pai, Eu prolongarei os teus dias sobre a terra!” 1 Rs 3:14.

Para a mulher

O objetivo primordial da governança do lar é manter a paz em casa quando o homem (provedor do alimento e da segurança), estiver em casa.

O homem está plenamente preparado para a guerra na rua, no trabalho, nas relações pessoais com amigos e conhecidos, mas é despreparado para batalhas em casa. O homem foi feito para deixar suas armas do lado de fora da porta de casa. Em casa ele é tranquilo e relaxado.

Quando sai, recolhe suas armas e volta para a guerra.

O marido de Bate Seba se recusa a entrar em casa quando é chamado de volta. Ele sabe que seus companheiros estão guerreando, sangrando e morrendo e ele vai entrar em um lugar de paz absoluta. Ele não pode deixar as armas do lado de fora. Suas mãos estão firmes no propósito de guerra.

Ele não consegue misturar os dois elementos.

Se este homem que deixa suas armas na porta tem uma mulher rixosa em casa, ele é indefeso e não consegue reagir. Ele fica confuso com a guerra fora e a guerra em casa. O sofrimento emocional é terrível. A ambiguidade da situação é paralisante.

A solução para esse homem é se apegar firmemente em coisas que lhe darão tranquilidade e prazer: jogos, drogas, pornografia e bebida. Se possível em casa, senão fora.

Melhor é morar numa região deserta do que na companhia de uma mulher amargurada e briguenta. Pv 21:19

Um efeito colateral é que o homem para de desejar sexualmente sua mulher. A rixa, a guerra em casa tiram o desejo sexual e em alguns casos até há queda de testosterona. O homem é emasculado pela mulher.

Quando a situação se torna insustentável algumas atitudes conhecidas são apatia e depressão, para alguns, agressão verbal e física para outros. Mas o final é sempre o divórcio.

Aqui uma explicação. A mulher rixosa se acha superior ao homem. Ela atribui a ele fraqueza e falta de ação. Deixa claro isso nas palavras e ações. Ela diz que consegue viver sem ele. E que pode fazer e faz tudo em casa e que ele não faz nada. Ou seja, ela é poderosa na ação e na possibilidade de ação. Ela desdenha da segurança que ele pode prover quando sai sozinha ou faz tudo com independência, sem a companhia do homem.

Um outro tipo de situação é a mulher que se iguala ao homem.

Somos iguais. Dividimos a provisão e a governança da casa.

No modelo familiar só há igualdade entre irmãos.

Quando a poeira assenta, os papéis usurpados e misturados acabam com a paz e a ordem na família. Ninguém faz sexo com a irmã.

E vai mais além. Uma das pautas de um relacionamento saudável é o namoro, cortejo e finalmente o sexo. A admiração pelo corpo, pela roupa e pelo desenvolvimento da mulher é perdido. Os olhos se voltam para fora. Para mulheres que não se parecem com sua irmã.

O modelo de divisão de tarefas da infância agora se repete no casamento. O homem não tem primazia e a casa não é mais um lugar neutro, onde há paz. Agora é um lugar de tarefas e guerra. Em tempo nenhum há paz. Trabalho fora, trabalho em casa.

Para os dois casos há uma busca de um lugar de paz, uma caverna, onde a única possibilidade é o silêncio total ou muito barulho que abafe o som que vem de fora. Ou seja, a função adaptativa do ser humano, o leva a buscar algo que complete a falta de paz. Essa tentativa de cura pode o levar a idealizar, se identificar com o que considera ideal e se entregar a uma relação complementar, protetiva e poderosa, para compensar a falta de uma esposa e de paz. Isso é ruim, pois A busca por paz não deve ser uma fuga da realidade, mas sim uma busca consciente por harmonia interior.

 Para o homem.

 Ao homem ficaram duas propostas interessantes. Provisão e proteção.

A provisão não pode ser substituta da segurança. Dar um carro para esposa não exime a presença do homem no dia a dia da mulher. Ou seja, a possibilidade ou necessidade da esposa andar sozinha é uma exceção. O homem deve ser capaz de investir tempo para caminhar junto em toda jornada feminina.

A provisão não é dar tudo que ela quer. É necessário avaliar a necessidade em razão da possibilidade. Mimar demais não é bom para ninguém. Nem filhos, nem esposas. Dar coisas pode ser um carinho gostoso, mas não substitui relacionamento intenso.

A mulher é um pouco mais complexa que o homem. Se as outras funções não forem cumpridas, dar presentes viagens e mimos pode ser um tiro no pé. Ela não se sentirá mais amada, pelo contrário, a sensação de abandono será maior. O equilíbrio nesse caso é primordial. Quando presenteada ela se sentirá especial.

Quanto à segurança, ela se divide em dois: Possibilidade e presença.

Se o homem for fraco fisicamente e emocionalmente, não consegue desempenhar sua função de proteger. As ameaças são vencidas pela esposa sozinha. E ela não nasceu para isso. Por isso, um homem deve se preparar fisicamente em academia e lutas.  Si vis pacem, para bellum.

Mas como proteger se não anda junto. Muitos maridos desprotegem a esposa deixando de conviver no dia a dia externo a casa. Pode ser forte, pode ser perigoso, mas à distância ninguém é protegido. Se o homem não pode ir, a mulher deve ficar. Claro que existem exceções. Mas devem ser isso, exceções.

Há mulheres, por omissão dos homens, enveredam pela independência diária. O estresse e o cansaço serão os efeitos colaterais. Vejo mulheres indo a psicólogos e tomando remédios por assumirem funções de provisão e segurança.

Novamente aqui a sensação de abandono, desamor e abandono. Essa independência não é benéfica. Dá para a mulher a falsa sensação de poder e segurança. E em algum momento ela pode pensar que o homem não é mais necessário. Também pode sentir que seu parceiro é inútil e fraco. Aqui o desinteresse sexual pode ser um efeito colateral na relação. Pode passar a procurar alguém que supra essa lacuna em sua vida.

A falsa sensação de poder causa alguns efeitos colaterais. Mulheres não respeitam homens fracos. Gritam, falam coisas desrespeitosas, são desleais e até infiéis. Ninguém quer andar ao lado de um fracote.

Proteger as emoções é o maior desafio de um homem. Manter a esposa dentro dos limites saudáveis de viver também passa por manter rotinas saudáveis de alimentação, exercícios e consultas médicas. Além de manter comunicação intensa e conversas saudáveis sobre todos os assuntos e não só frivolidades.

A ausência masculina na área emocional é perigosa. A mulher precisa de uma missão alinhada com a missão do homem. Se o homem não tem missão, o casal anda como barata tonta na vida. A missão guia resultados e tudo na vida do casal se volta para isso. As emoções são ligadas a isso. Comemorar quando alcançamos ou chegamos perto do nosso objetivo como casal. Ficar tristes juntos quando fracassamos. E entender a fonte de tristeza e alegria.

O emocional da mulher pode fluir com frequência inesperada, mas o homem deve estar atento para isso, não para se submeter, mas para agir em contenção ou acolhimento. Deixá-la sentir sozinha a fará ter pensamentos malignos e descontrolados o que leva a sensação de solidão de novamente, abandono.

Sem provisão e proteção teremos mulheres histéricas, descontroladas e frequentemente cansadas, com sobrepeso, desleais, infiéis, desleixadas, gritonas e desrespeitosas.

Tudo isso fruto de um homem que não age como homem.

Como mudamos isso?

Mudando crenças básicas sobre si mesmo, o mundo e os outros é possível alterar emoções e comportamentos. As crenças a serem exploradas é de como vemos Deus e como nos vemos como filhos de Deus.

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