quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Síndrome da Fantasia – Pais do Abandono



A síndrome da fantasia tem diversos aspectos a serem considerados. Vou explorar apenas o que se refere às conseqüências da aceitação da mentira na educação de filhos.

A síndrome da fantasia se caracteriza pela aceitação de que algo imaginário, irreal e mentiroso é verdadeiro. O ser veste aquela roupagem mentirosa, altera sua imagem e identidade, passando a agir conforme a fantasia que assumiu.

Assim, mesmo que o novo ser que surgiu seja nocivo, todas as ações são voltadas para perseguir a completa transformação.

Jéssica, com 7 anos, recebeu com alegria notícia de que seu pai iria lhe ensinar matemática. Infelizmente, nos primeiros momentos, a impaciência do pai, a induziu a cometer erros. Nervosa, nunca em sua vida tinha sido pressionada.

Assim, os primeiros erros ocorreram e nada que o pai falava fazia sentido. O pai, aquele que deveria abençoar amar, ensinar, cuidar, fazer carinho, agora profere palavras amargas, duras. Essas palavras vão ressoar por muito tempo na vida desse novo ser, vão entrar no coração.

Agora, com 19 anos, oito em tratamento com psicólogo, vários remédios, 4 tentativas de suicídio, três delas sem o conhecimento dos pais, Jéssica, não consegue fazer amigos. As notas na faculdade são ruins. Isola-se e tem sintomas de depressão. Os sentimentos de incapacidade, ausência de inteligência, de não ser aceita e de que nunca teria um amigo homem a atormentavam e alimentavam a solidão que sentia.

Toda tentativa, de aconselhamento, motivação, técnicas de autoajuda, grupos de apoio, tem efeito temporário, pois a fantasia é retirada e recolocada em seguida.

Após processo de cura e libertação, Jéssica, e avaliação de psicólogo, não precisou mais de acompanhamento especializado, nem de remédios. Nova roupa, nova vida.

Os pais precisam ter cuidado com a forma de ensinar, expressões utilizadas e condução da criança no dia-a-dia. A posição de autoridade e o amor que o filho tem pelo pai, dão um peso maior ao comportamento e atitudes que os pais fazem quando se relacionam com a criança. Esse relacionamento vai definir o novo ser. 

Não é acaso, podemos auxiliar na construção de uma nova vida. Essa construção pode ser com bom material. Ou pode ser um castelo de areia.

Um comentário:

  1. Um divisor de águas foi saber que educamos nossos filhos para servir a Deus. Se o meu desejo é que meu filho esteja pronto para o servir, tenho que ter uma atitude, uma ação ativa, e não esperar que o tempo resolva ou o mundo ensine.
    A nossa obrigação é educar com todo amor possível!

    Douglas Coutinho

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