segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Pais do Abandono - meu filho não quer comer


Existem inúmeras pesquisas a respeito das causas da recusa de um filho a alilmentar-se. Se não forem casos de doenças físicas, como nascimento de dentes ou feridas na boca, ou mesmo problemas no estômago, os pais devem atuar fortemente nesta área. Essa reclamação atinge a todos os níveis socioeconômicos e culturais e religiosos.

Em observação direta e leitura das pesquisas existentes percebi que a relação mãe e filho afeta fortemente o quesito alimentação.

O que contribui para problemas de alimentação em crianças:
- pais não almoçam com os filhos;
- mães que tem horário de almoço reduzido ou tem refeições rápidas com os filhos;
- quantidade de comida diferente da necessidade ou capacidade da criança;
- ausência de rotina ou padrão alimentar, a criança come o que quer, em qualquer hora;
- ambiente inadequado, ou seja, na sala em frente a televisão ou no quarto, mesmo no chão;
- tensão no ambiente familiar;
- o abandono emocional pode fazer com que a criança deixe de comer para chamar a atenção dos pais. Ou seja, ela passa a ter atenção em todas as refeições.

Pamela Druckerman, jornalista americana escreveu um livro sobre o assunto ao confrontar a educação americana que passava para os filhos com a educação francesa que vivencciou em uma viagem a França. 

Ela percebeu que, pais que tem o perfil de barganhar e ceder, ou seja, a casa, bem como as refeições, não possui regras claras influencia fortemente nos momentos de alimentação.

Além disso, observou que na França, a tolerância é baixa em ambientes públicos, com a falta de controle dos pais sobre os filhos. A brasileira Ilana Heineberg, 36, que mora na França e educa os filhos à moda francesa, relata que: “As pessoas e os garçons não estão dispostos a aturar barulho ou falta de respeito com a comida, mesmo por parte das crianças. Dificilmente os pais continuam frequentando esses locais enquanto seus filhos se comportam dessa forma. Encaram como um vexame”

No Brasil, os pais dizem: "estou pagando, ninguém tem nada com isso!"


Estudo recente sobre o aspecto psicológico da queixa materna "meu filho não come", revela que é impossível apontar por onde começam as dificuldades em termos causais: se nos sentimentos da mãe ou no comportamento da criança; visto que 40% das mães demonstraram sentimentos de rejeição, culpa e dificuldades em sintonizar-se com filho, enquanto 38% das crianças apresentaram baixa auto-estima, pouca vitalidade e fraco vínculo mãe / filho.

Este achado também é observado em uma outra investigação, referente à relação entre as características maternas e os casos de anorexia infantil, uma vez que comparando-se mães de crianças com e sem distúrbios do apetite, notou-se que as mães das crianças anoréxicas tinham mais insegurança quanto ao cuidado com seu filho. Deve-se ressaltar que, neste caso, a anorexia infantil trata-se de uma situação na qual a criança come pouco e/ou é seletiva, mas que apresenta crescimento e desenvolvimento satisfatório para idade.

A participação da mãe no processo da alimentação é de fundamental importância, as repercussões de suas atitudes podem acarretar sérias conseqüências para a criança. Mães com histórico de depressão e transtornos alimentares tendem a apresentar filhos com maior risco de padrões alimentares inadequados (seletividade) e failure to thrive (comprometimento no crescimento e desenvolvimento). Assim como pais exigentes podem favorecer o aparecimento de dificuldades no processo alimentar, por exercerem mais controle sobre o que seus filhos comem.

No site citado, existem mais informações interessantes sobre o assunto baseadas em estudos científicos, leia, comente, compartilhe.

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