Existem inúmeras pesquisas a respeito das causas da recusa
de um filho a alilmentar-se. Se não forem casos de doenças físicas, como
nascimento de dentes ou feridas na boca, ou mesmo problemas no estômago, os
pais devem atuar fortemente nesta área. Essa reclamação atinge a todos os
níveis socioeconômicos e culturais e religiosos.
Em observação direta e leitura das pesquisas existentes
percebi que a relação mãe e filho afeta fortemente o quesito alimentação.
O que contribui para problemas de alimentação em crianças:
- pais não almoçam com os filhos;
- mães que tem horário de almoço reduzido ou tem refeições
rápidas com os filhos;
- quantidade de comida diferente da necessidade ou
capacidade da criança;
- ausência de rotina ou padrão alimentar, a criança come o
que quer, em qualquer hora;
- ambiente inadequado, ou seja, na sala em frente a
televisão ou no quarto, mesmo no chão;
- tensão no ambiente familiar;
- o abandono emocional pode fazer com que a criança deixe de
comer para chamar a atenção dos pais. Ou seja, ela passa a ter atenção em todas
as refeições.
Pamela Druckerman, jornalista americana escreveu um livro
sobre o assunto ao confrontar a educação americana que passava para os filhos
com a educação francesa que vivencciou em uma viagem a França.
Ela percebeu
que, pais que tem o perfil de barganhar e ceder, ou seja, a casa, bem como as
refeições, não possui regras claras influencia fortemente nos momentos de
alimentação.
Além disso, observou que na França, a tolerância é baixa em ambientes
públicos, com a falta de controle dos pais sobre os filhos. A brasileira Ilana
Heineberg, 36, que mora na França e educa os filhos à moda francesa, relata
que: “As pessoas e os garçons não estão dispostos a aturar barulho ou falta de
respeito com a comida, mesmo por parte das crianças. Dificilmente os pais
continuam frequentando esses locais enquanto seus filhos se comportam dessa
forma. Encaram como um vexame”
No Brasil, os pais dizem: "estou pagando, ninguém tem
nada com isso!"
Abaixo, copiei texto do site http://br.monografias.com/trabalhos2/recusa-alimentar-fazer/recusa-alimentar-fazer2.shtml.
Estudo recente sobre o aspecto psicológico da queixa materna
"meu filho não come", revela que é impossível apontar por onde começam
as dificuldades em termos causais: se nos sentimentos da mãe ou no
comportamento da criança; visto que 40% das mães demonstraram sentimentos de
rejeição, culpa e dificuldades em sintonizar-se com filho, enquanto 38% das
crianças apresentaram baixa auto-estima, pouca vitalidade e fraco vínculo mãe /
filho.
Este achado também é observado em uma outra investigação,
referente à relação entre as características maternas e os casos de anorexia
infantil, uma vez que comparando-se mães de crianças com e sem distúrbios do apetite, notou-se que as
mães das crianças anoréxicas tinham mais insegurança quanto ao cuidado com seu
filho. Deve-se ressaltar que, neste caso, a anorexia infantil trata-se de uma
situação na qual a criança come pouco e/ou é seletiva, mas que apresenta
crescimento e desenvolvimento satisfatório para idade.
A participação da mãe no processo da alimentação é de
fundamental importância, as repercussões de suas atitudes podem acarretar
sérias conseqüências para a criança. Mães com histórico de depressão e transtornos alimentares tendem a
apresentar filhos com maior risco de padrões alimentares inadequados
(seletividade) e failure to thrive (comprometimento no crescimento e
desenvolvimento). Assim como pais exigentes podem favorecer o aparecimento de
dificuldades no processo alimentar, por exercerem mais controle sobre o que
seus filhos comem.
No site citado, existem mais informações interessantes sobre
o assunto baseadas em estudos científicos, leia, comente, compartilhe.
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