Como é o momento
das refeições na nossa família. Como compartilhamos o alimento?
Tendo em vista
nossa atividade com famílias, frequentemente somos convidados para participar
de eventos ou mesmo pequenas comemorações.
Esses convites nos
dão a rara oportunidade de ver qual é a mecânica de pessoas completamente
diferente de nós, inclusive nos aspecto religioso.
Em uma das visitas
observamos a pequena Helena. Dois anos, recém-completados, muito ativa e
esperta. Ao primeiro anúncio da mãe a respeito do almoço ela se aproximou da
sua cadeirinha, especialmente adquirida para ela, sentou-se e colocou o cinto
de segurança.
A cadeira é mais
alta, para permitir que a criança fique no nível de um adulto, com cinto de
segurança e mesinha à frente.
O alimento foi
colocado a sua frente, juntamente com a colher. Ela aguardou pacientemente pela
oração que se seguiu. Elegantemente, ela movia a colher de modo a reter o
suficiente para não transbordar. Levava a boca e mastigava tranquilamente. Não
derrubou nada. Ao final, sem pedir, ele recebeu um pequeno copo com suco. Os
adultos bebiam refrigerantes. Ela não pediu a mesma deferência.
Tomou a bebida e
levantou as mãozinhas fazendo um sinal de término. Sua mãe olhou, sinalizou de
volta. Ele esperou que a mãe limpasse suas mãos e desceu alegremente da sua
cadeira. Foi brincar.
Como pode isso?
1 – Os pais
estabeleceram momentos claros durante o dia e este era um deles. Há um ritual.
Todas as outras atividades devem cessar. Ninguém está no computador ou olhando
televisão. Todas as atenções se voltam para o almoço.
2 – não houve
tentativa de convencer a criança de que a comida era boa;
3 – não há briga ou
discussões durante o almoço. O tom de voz é baixo. Os assuntos domésticos sobre
comportamento ou dinheiro estão fora da pauta. É um momento agradável.
Dois dias atrás
tive a oportunidade de ler um relato que me impressionou. Tanto que programei o
que aprendi em minha própria vida.
Segue o relato em
tradução minha, tendo em vista que pertence a um site em inglês. http://www.mandiejoy.com
“Quando eu era
pequena, meu pai instituiu "A Regra da primeira mordida". Parecia
bastante simples: ninguém poderia provar o alimento até que o cozinheiro
(geralmente mãe) tivesse provado e apreciado. Afinal, ela havia criado a
refeição. Ela pôs o pensamento e esforço para a nossa nutrição, bem como, cores
e temperatura dos alimentos em nossos pratos... E nós só aparecemos para a
festa no último minuto. Deixá-la provar primeiro foi uma maneira de homenagear
seu esforço. Além disso, perguntamos. "Mamãe, é bom?".”
“Parece uma oferta
pequena, mas para pequenos ratos rosnando com fome, esperando por uma oração e
uma primeira mordida da mamãe parecia uma eternidade. A nossa fome desejava a
comida, mas era suprimida pela paciência. Nossos pais queriam que um tipo diferente
de fome crescesse em nossos espíritos - uma fome para honrar, respeitar, para
colocar os outros (e, em última análise Deus) acima de nós mesmos.”
Todos esses elementos
facilitam a convivência e o ensino de boas maneiras as crianças.
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