sexta-feira, 7 de junho de 2013

Envolvimento

O envolvimento do pai com o filho foi inicialmente conceituado por Michael Lamb and Joseph Pleck como tendo três dimensões:Interação direta, acessibilidade e responsabilidade.

A interação direta é definida como o contato direto de um pai com seu filho, por meio de cuidados e atividades compartilhadas. O envolvimento positivo do pai, no que diz respeito a interação direta, está diretamente relacionado baixos índices de abuso de álcool, auto-controle, auto-estima, habilidades para a vida e competência social.

A acessibilidade refere-se a disponibilidade potencial do pai, em virtude de ser tanto física como psicologicamente presente e acessível para a criança, com ou sem a interação direta. Exemplos de acessibilidade é a possibilidade de manter comunicação e interação mesmo em momentos de atividade como cozinhar ou olhar televisão. 

Quando ausente fisicamente é estar acessível para comunicação por telefone ou outros dispositivos eletrônicos. Pesquisa indicam que os pais são um terço menos acessíveis que as mães. 

A responsabilidade é o quanto o pai está atento ao bem-estar e cuidados dos filhos. É demonstrado quando o pai esta procurando um médico pediatra para o filho, define critério de escolha para a escola, igreja, interesse e escolha da melhor alimentação, etc. é a preocupação ou cuidado com as necessidades dos filhos.

Seu filho pode contar com o apoio dos pais quando tem problemas não importa o quanto são importantes ou graves? Ele vai ser ouvido em suas opiniões por mais inocentes ou fantasiosas que sejam?

Muitas jovens conseguem superar episódios de abuso sexual e abuso social mais facilmente se são atenciosamente recebidos pelos pais. A pressuposição da verdade, da seriedade do assunto deve ser tratada em um segundo momento. 

A presença nos estudos deve ser maior do que as frases “não faz mais do que o dever” ou “só estuda, nem trabalha”. Ajudar no dever de casa, auxiliar nos períodos de exames pode ser um fator de empatia em momentos de nervosismo na vida do filho.

Perceber momentos de introspecção e tristeza do filho como importantes oportunidades de interação e promover sua amizade. Nesses momentos podemos usar nossa sabedoria e experiências para ajudar nossos filhos a passar por essas fases. Não intervir, deixará a impressão que não empatia e que ele não pertence, que ninguém liga. Já ouvi isso de jovens suicidas.

As crianças em estágio de desenvolvimento fazem cerca de 300 perguntas por dia para as mães e pais. É muito importante que todas as perguntas, independente da idade e da própria pergunta devam ser respondidas com toda atenção e seriedade. Isso vai cimentar as vias de comunicação para a adolescência e juventude onde os pais serão a maior fonte de apoio para os filhos, caso sejam efetivas as respostas nessa fase.

Se a comunicação está em dia é mais fácil conduzir conversas explicar e punir o filho quando ele comete erros. Mostrar o que foi feito de errado é menos importante do que mostrar o que deveria ser feito para acertar.

Mostrar preocupação com o filho não pode ser simplesmente com a pergunta “como foi a aula hoje?”. Precisa demonstrar que as decisões tomadas em relação ao filho são tomadas para que ele tenha o melhor e que real preocupação com o seu desenvolvimento, seu crescimento.

Os sentimentos dos filhos devem ser cuidados com especial atenção. São expressões de sua alma e podem trazer em seu bojo informações importantes sobre o seu desenvolvimento emocional. Manter-se atento a momentos em eu somos convidados a conhecer o seu intimo, seus segredos e emoções. Nesse momento somos chamados de melhores amigos. Quanto mais aproveitamos com sabedoria esses momentos mais eles se repetem.

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