quarta-feira, 5 de junho de 2013

Família Mosaico, Vocação Única

Algumas dificuldades enfrentadas pelas famílias mosaico podem ser atribuídas a tentativa de se igualarem ao número e forma da família nuclear.
O padrão casamento, mamãe, papai igual a filho é insistentemente perseguido não só pela família mosaico mas também por casais homossexuais. Esse comportamento traz dissabores não só pela tentativa mas também pelo resultado ser impossível de ser alcançado.
A primeira ação de uma família mosaico em formação deve ser de se reconhecer como tal e se aceitar. Para entender melhor isso vou lembrar que nos EUA existe um outro conceito de família que se chama de família frágil, ou seja, família com filhos cujos pais não são casados. Seja morando sob  mesmo teto ou se relacionando a distância. Mesmo nessa formação em que os pais, unilateralmente ou bilateralmente, não buscaram o registro civil ou religioso, pode existir na vontade de um de seus membros, querer se igualar ao padrão estatístico da família nuclear.
Ou seja, a tentativa pode ser de apenas de um dos membros da família. Ou de todos. O resultado é o mesmo, frustração e problemas.
A estrutura, os papéis e responsabilidades da família nuclear são diferentes, tem áreas de sombreamento  e necessitam de um grau de comunicação aprimorado em relação a família nuclear. O primeiro ato do novo casamento é deixar bem claro os papéis e responsabilidades de cada um, os canais de comunicação, a capacidade movimentação e os espaços de cada um.
Uma atividade que precisa ser rapidamente organizada e superada é a capacidade de movimentação dos filhos nas casas dos pais e parentes. Criar impasse na comunicação e movimentação dos filhos, dificultando seu curso normal, pode configurar o que chamamos de alienação parental.
A alienação parental, bem como a disputa de espaço entre padrasto/madrasta com os filhos tendem a ser ampliadas pela falta de maturidade e dificuldades de comunicação.  Disputar espaço com os enteados, rebaixando-se ao nível juvenil deles pode ser um indício dessa  imaturidade. Essa disputa é maléfica para os relacionamentos, dificulta a transição e pode se transformar em um novo divórcio, ou no mínimo intermináveis conflitos entre os cônjuges.
Cada um desses problemas, além de outros, serão motivo de novos textos no blog.

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