segunda-feira, 3 de junho de 2013

Escala de Envolvimento

Tenho insistentemente escrito sobre a presença e envolvimento dos pais na educação dos filhos. Entretanto, alguns pais ainda tem dúvida se são ou não envolvidos, ou ainda se são capazes de se envolver positivamente na vida dos filhos.
Os pesquisadores: Lidia Natalia Dobrianskyj Weber, Ana Paula Viezzer Salvador e Olivia Justen Brandenburg elaboraram um trabalho acadêmico que pretende avaliar o envolvimento dos pais, por meio de uma escala, na vida dos filhos.

Essa iniciativa, a meu ver é extremamente positiva e auxilia os pais na correção de rumos, se necessário, na educação de seus filhos. O que temos encontrado em nossa jornada com os pais e a nossa própria experiência é que os as famílias estão se contentando em ter coisas e em fazer coisas do que em se relacionar. As facilidades tecnológicas como internet e jogos estão tomando o espaço de conversas, almoços e brincadeiras em família. Os únicos momentos que sobram para a interação familiar são tensos e dizem respeito a disciplina, muitas vezes confundida com ensino.

A escala de envolvimento prevê a participação dos filhos o que resolve outra questão muito comum nas famílias, a manutenção do status quo. Ou seja, alguns pais quando instruídos a respeito da condução dos filhos, se dizem conhecedores plenos do assunto e que não há nada para mudar. É constrangedor verificar que apesar de todo esse conhecimento as coisas vão de mal a pior.

Passo a reproduzir os conceitos do estudo exatamente conforme estipulado no trabalho:

Envolvimento: corresponde à participação dos pais na vida dos filhos. Os itens dessa escala investigam se os pais dão apoio, são sensíveis às reações dos filhos e estão presentes no dia-a-dia dos filhos. Esta escala engloba também a demonstração de amor dos pais para seus filhos, pelo carinho físico ou pela verbalização positiva, e disponíveis, dando oportunidade para
o diálogo e para a autonomia do filho.  
Regras e monitoria: mede dois aspectos: a existência de regras, ou seja, normas definindo o que o filho deve fazer e a ocorrência da monitoria, ou seja, supervisão do cumprimento das regras estabelecidas e do monitoramento das atividades do filho.
Comunicação positiva dos filhos: verifica existência de diálogo construtivo na interação, se os filhos se sentem à vontade para falarem de si para seus pais, o que indica a disponibilidade e a abertura destes para o diálogo. Comunicação negativa: investiga maneiras inadequadas dos pais falarem com seus filhos, demonstram a falta de controle emocional dos pais. Esta escala mede tanto a inadequação de conteúdo como a forma de expressão, por exemplo, amea ças, xingamentos, gritos e humilhações
Clima conjugal positivo: corresponde à boa relação entre o casal, incluindo afeto, diálogo e respeito.
Clima conjugal negativo: demonstra se os pais interagem de forma agressiva, com brigas, xingamento e diálogo negativo
Punição corporal: corresponde à palmada utilizada pelos pais para corrigir ou controlar comportamentos dos filhos. As questões buscam acessar tanto se os pais batem para disciplinar os filhos, quanto se eles batem como forma de descarregar emoções acumuladas.
Modelo parental: verifica se os pais se comportam de maneira coerente com o que ensinam, ou seja, se são exemplos positivos para os filhos.
Sentimento dos filhos: é uma escala subjetiva que busca verificar como os filhos se sentem em relação aos seus pais.
Questões de afeto e exemplo.

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